SÃO PAULO (Reuters) - O Brasil é o país com a maior quantidade de mortes causadas pela gripe H1N1 no mundo em números absolutos, embora tenha apenas a sétima taxa de mortalidade entre os 16 países com maior número de óbitos, informou boletim do Ministério da Saúde nesta quarta-feira.
De acordo com o relatório, foram registradas 557 mortes no país até o dia 22 de agosto, o que põe o Brasil no topo do ranking de óbitos causados pela doença no mundo, à frente de México (179), Argentina (439) e Estados Unidos (522 mortes). O total de mortes nos EUA foi atualizado pela última vez no dia 15.
O Brasil apresenta, no entanto, apenas a sétima taxa de mortalidade entre os 16 países com maior número absoluto de mortes no mundo. Este valor é calculado a partir do percentual de óbitos em relação à população de cada país.
A taxa de mortalidade brasileira (0,29 a cada 100 mil habitantes) é menor que a da Argentina e do Chile, mas supera a dos EUA e do México.
O ministério indicou ainda que, pela segunda semana seguida, houve diminuição no número absoluto de casos graves notificados no país, o que poderia apontar para um recuo da doença no país.
"Ainda não é possível concluir que a tendência seja definitiva, pois existem casos em investigação laboratorial ou que não tiveram as informações sobre a conclusão diagnóstica digitadas (...) no sistema de informação", informou o órgão em nota.
MORTOS POR ESTADO
De acordo com o órgão federal, das 557 mortes registradas, 223 foram em São Paulo, Estado com maior número de óbitos pela doença no país. A Secretaria de Saúde paulista confirmou 179 vítimas em seu último boletim e deve atualizar os dados na sexta-feira.
No Paraná, o órgão estadual de Saúde confirmou 170 vítimas nesta terça-feira, ante 151 mortes contabilizadas pelo ministério.
No Rio Grande do Sul, são 96 mortes confirmadas pelo governo do Estado contra 98 registradas no boletim federal.
Rio de Janeiro tem 50 mortes pela Secretaria Estadual de Saúde e 55 óbitos de acordo com o ministério.
O boletim anunciou ainda nova morte no Distrito Federal, que tem apenas uma vítima confirmada pela secretaria estadual.
A Bahia também teria duas mortes, mas a secretaria de Saúde informou, em nota, ter apenas uma confirmação de óbito.
Amazonas e Paraíba têm duas mortes cada. Acre, Mato Grosso do Sul, Pará, Pernambuco, Roraima, Rio Grande do Norte e Roraima têm uma morte cada, segundo as secretarias Estaduais.
Das mortes no país, 58 eram gestantes, informou o ministério.
Nesta quarta-feira, o governo enviou ao Congresso medida provisória que prevê a liberação de crédito suplementar no valor de 2,1 bilhões de reais para o enfrentamento da pandemia de gripe H1N1 no país.
Segundo o ministério, este recurso será aplicado na compra de 73 milhões de doses de vacina contra a nova gripe e na aquisição de mais 11,2 milhões de tratamentos e equipamentos, além da qualificação de profissionais de saúde.
(Por Hugo Bachega)
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