segunda-feira, 26 de abril de 2010

Poluição Sonora

Pesquisa verifica que habitantes de Curitiba se incomodam com os ruídos do trânsito e dos vizinhos e que, por causa disso, ficam irritados e com baixa concentração.
A poluição sonora é um problema de saúde constantemente estudado por pesquisadores, principalmente no que diz respeito às suas conseqüências ambientais e aos transtornos que causa à população. No entanto, a maior parte dessas pesquisas trabalha com a medição dos ruídos em um determinado local, analisando se eles se enquadram nos padrões aceitos mundialmente. Poucos são os trabalhos que buscam informações junto à população e é por isso que pesquisadores do Laboratório de Acústica Ambiental do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal do Paraná resolveram verificar as reações de incômodo sofridas pela população de Curitiba frente ao ruído urbano.

De acordo com artigo publicado, em agosto de 2002, na Revista de Saúde Pública, “para identificar as principais fontes de ruído do ambiente urbano e a reação da população a essas fontes, foi elaborados um questionário com questões sobre dados demográficos do ambiente residencial urbano e o desconforto causado pelo ruído”. Participaram 860 pessoas, que foram selecionadas de modo aleatório.

Segundo os pesquisadores, a maior parte era do sexo masculino e possuía entre 18 e 24 anos de idade. “Indagados se eles se incomodavam com o ruído de sua rua, a maior parte dos participantes (44%) respondeu que às vezes se incomodava e cerca de 32% responderam que se incomodavam regularmente”, afirmam. Além disso, 60% responderam que o ruído de sua rua havia aumentado recentemente.

Com relação às fontes de barulhos que mais incomodavam as pessoas, a equipe explica que a maioria apontou o trânsito e os vizinhos. No entanto, outras fontes, denominadas fontes não contínuas, também foram citadas, como por exemplo, sirenes, casas noturnas e construção civil. Isso mostra, segundo os pesquisadores, que para que uma pessoa se sinta incomodada pelo ruído urbano, não é absolutamente necessário que ele seja intenso ou muito intenso, à medida que coexistem fontes de ruídos contínuos e descontínuos.

O mais importante, segundo eles, é o fato de a poluição sonora gerar efeitos nas populações urbanas como irritabilidade, baixa concentração, insônia e dores de cabeça. “Vale ressaltar que todas as pessoas que disseram sentir-se incomodadas pelo barulho confessaram apresentar pelo menos um desses efeitos, predominando a irritabilidade e a baixa concentração”, afirmam no artigo.

Fonte: Perdida

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